- O relativismo político. A partir dos conceitos de tolerância, diálogo, respeito pelos outros, o relativismo nega a possibilidade de uma verdade absoluta e universal, ao mesmo tempo que se afirma como o fundamento filosófico da democracia. É aceitável que, em questões opináveis, se evite uma absolutização do poder, como propunha o marxismo, mas nem tudo o que é político é opinável, na medida em que há limites objectivos que não podem nem devem ser ultrapassados, como é o caso dos direitos humanos, por exemplo.
- O relativismo ético e religioso. Para além deste relativismo político, importa sublinhar o relativismo ético e religioso, que se expressa modernamente na teologia pluralista das religiões. Segundo esta corrente, hoje em dia muito em voga, todas as religiões são verdadeiras como todas são também passíveis de excessos condenáveis. Assim sendo, não faz sentido a defesa de uma verdade religiosa objectiva, nem muito menos qualquer tentativa de expansão ou de imposição de uma religião: o proselitismo de carácter religioso seria expressão de uma mentalidade intolerante e, por isso, profundamente anti-religiosa, enquanto incapaz de compreender o outro na sua diferença.
- Crítica. Como é óbvio, esta atitude confunde dois planos que importa destrinçar: o dos princípios religiosos, que é susceptível de debate e de confrontação; e o dos crentes, em que, não obstante a eventual falta de fundamentação objectiva das concretas opções religiosas, há que respeitar escrupulosamente a liberdade das consciências. Mas esse respeito, como é óbvio, não impede o verdadeiro proselitismo, como o respeito pelo ignorante também não se opõe a um saudável empenho pela sua formação.
2. A filosofia dominante: o relativisimo.
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